Nada se supera
todinho deixa pouso
os meus mil milheiros de fundos de cuncas
pesam um quintal a estas alturas
Levo essa mochila perene às costas
daí que procure fixar a vista à frente
olhar o passado fai doer as cicatrizes
e a última vai demorar o seu em sarar
Se é que um dia cura o meu maltreito coraçom
de passarinho ferido que nom se rende
bate forte e rápido na procura de ninho
onde reinventar o arelado futuro prometedor
by Eva Loureiro Vilarelhe