A janela como via de escape
de desabafo e de fronteira
circunscrita ao horizonte de edifícios
o céu empapa os vidros
enquanto a minha cara fica seca
por dentro afogo em lágrimas
acordes à choiva miúda que sinto fora
mansinha e doce anegando a cidade
e eu jamais me sentim mais soa
mais longe de ti e de todo
nem mais livre para pensar
by Eva Loureiro Vilarelhe