8.3.20

Evita ('Feridamorte' 4)









Nom me digas que me queres
quando o certo é que me aborreces.
Evita encher a tua antano doce boca
de fúteis palavras ocas.
Deixa-me descansar tranquila
livre por fim do jugo que me aniquila.
O teu amor desleal e contraditório
afoga-me qual alma confinada no purgatório.
Se em verdade dis que me amas
solta de vez as nossas amarras.
Ceive e em pé quero viver,
senom é preferível morrer.
Adeus, meu bem, adeus para sempre…
só hei lembrar de ti o que me fijo querer-te.


by Eva Loureiro Vilarelhe