3.6.21

Liberada ('Feridamorte' 15)





Se está escrito nom o sei

só digo que é inútil loitar

contra o nosso próprio destino

para trágico já está o de Edipo


Curiosa por descobrir o meu

continuo valente o caminho

quando é a vida quem se abre passo

através de mim


Prenhe dela

desfruto por fim liberada

de todo o que nom me ata a ti

Grifo protetor do meu equilíbrio


Iminente e imanente 

o porvir nom tem aguarda

segura sempre a minha mao na tua amor

e acompanha-me nesta viagem sem retorno


by Eva Loureiro Vilarelhe