Como hei expressar quanto Te amo
quando é tanto que a Tua dor me mata
ao ver-Te sofrer em silêncio Mátria
Tu que nunca reconhecerás quem aflige
o Teu coraçom de lama e feno e auga
Assisto ao Teu esmorecer impotente
Tu imortal amante da Tua Natureza aflita
por nós si Mai pola Tua própria prole
malnascida que deslustra o Teu nome
oxalá espertemos a tempo do nosso letargo
e sejamos capazes de dissipar a bruma
mental que nos incapacita há séculos
Para reconhecer que temos que reescrever
a nossa História a Tua em definitiva Galiza
aquelas linhas inconclusas nobreza obriga
devem ter continuidade no presente
tudo porque a Tua grandeza fique patente
Amaria-Te na mesma Mai por seres
como és —terra viva generosa e servente—
jamais servil isso nós Tu de cabeça erguida
deixas-Te profanar e saquear —minha terra galega—
mesmo polos Teus próprios ingratos descendentes
Tu que nos despedes com um: falai bem de mim
sempre e com doçura polo mundo adiante!
Isso si que o cumprimos dou fé dos rios
de lágrimas que sulcam o Teu rosto
—desejaria embebê-las co meu amor de filha—
em cada separaçom daqueles que se vam
comovendo-nos já muito antes de partir
Emigraçom sei que lhe chamam e mal
exílio auto-imposto seria mais ajeitado
e merecido aliás —a culpa é nossa toda—
por nom loitar por recuperar a Tua glória
passada si mas plausível de ser retomada
Só com confiar no Teu valor e rejuvenescer
a Tua estima mediante o nosso trabalho arreio
esse que malgastamos em ingrata terra alheia
sem remorsos por ter a própria abandonada
avelhentada e sem garantir o trono do Reino
by Eva Loureiro Vilarelhe