13.10.22

De velha ('in.timo' 9)










Como será a minha vida

pergunto-me de velha

ainda mais curta de vista

se calhar quase cega


Talvez tanto amor furibundo

que me consome e dá-me vida

já nom justifique no fundo

essa magra existência minha


Da memória que me restar

o sexo caia no esquecimento

sem fame de nada ora olhar

o solpor que precede o empíreo


Enxuta e satisfeita vida no fim

necessidades baixo mínimos

conhecidos os ansiados confins

descanse em paz tal os cínicos



by Eva Loureiro Vilarelhe