Como será a minha vida
pergunto-me de velha
ainda mais curta de vista
se calhar quase cega
Talvez tanto amor furibundo
que me consome e dá-me vida
já nom justifique no fundo
essa magra existência minha
Da memória que me restar
o sexo caia no esquecimento
sem fame de nada ora olhar
o solpor que precede o empíreo
Enxuta e satisfeita vida no fim
necessidades baixo mínimos
conhecidos os ansiados confins
descanse em paz tal os cínicos
by Eva Loureiro Vilarelhe