Olhadas viscosas ar ofegante
maos ansiosas por apalpar
a manada opreme-as asfixiante
sente-se mesmo ao respirar
A inércia obriga-as a tropeçarem
no transporte público a rebentar
repleto de corpos bamboleantes
ao abrir-se as portas para baixar
Saias dançarinas descobrem pernas
risadas cantarinas saindo em tropel
coa entreperna em retirada ao vê-las
afastar-se às carreiras todas elas
resmunga amuado um dos jovens
Ils sont trop verts!
Umha delas dá sinais de entender
volta rápida atrás desafiante
cos seus braços em jarra nos quadris
e o seu torso de deusa a reluzir
Nom somos para vós meu rei
e falo por mim e as minhas irmás
lampantim esquece o acoso e aprendei
respeito é-vos boa hora de espertar
El nunca esquecerá esses olhos verdes
maduros altivos inteligentes
mudam as cativas e arrepende-se
a sós mas diante da greia depende
by Eva Loureiro Vilarelhe